Tipos de Embalagens para Esterilização de Materiais Hospitalares [ Infográfico ]

São vários os tipos de invólucros para esterilização de materiais hospitalares disponíveis no mercado. No processo de escolha, há dois fatores preponderantes: a qualidade da embalagem para esterilização e o seu custo.

É importante se ressaltar aqui a diferença entre o preço de aquisição e o custo final que este invólucro pode acumular. Por exemplo, se o material for reutilizável, qual gasto será adicionado ao se considerar as etapas de confecção e lavagem?

Feita essa relação, resta a pergunta: Qual invólucro tem o melhor custo-benefício? O papel kraft, o brim, o papel crepado, o papel grau cirúrgico ou o sms para esterilização?

Veja o infográfico abaixo com o comparativo entre essas opções e entenda suas principais diferenças:

infográfico comparativo entre os diferentes tipos de embalagens para esterilização utilizados em hospitais e clínicas

Tipos de embalagens para esterilização de materiais hospitalares

Papel Kraft


O uso do papel kraft como embalagem para esterilização é proibido pela Anvisa, segundo a RDC15/2002.

Além de apresentar inconstância na gramatura, microfuros, não suportar umidade e ter efeito memória, o material contém amido, corante e produtos tóxicos. Isso pode prejudicar a saúde dos profissionais que manuseiam o produto na hora da selagem do papel.

Portanto, o uso deste material na Central de Material e Esterilização (CME) deve ser descartado.

 

Brim (algodão)


Difundido ainda hoje em muitos hospitais, o uso do tecido de algodão para esterilização é visto como uma alternativa mais barata entre muitos compradores e enfermeiros. No entanto, é bom lembrar que devem ser colocados na ponta do lápis os gastos com a lavanderia (água, sabão, energia), além da mão de obra empregada no processo para poder reutilizá-lo. Afinal de contas, os funcionários poderiam dedicar este tempo para executar outras tarefas.

Vale lembrar também que o algodão não resiste à umidade e possui baixa barreira antimicrobiana (34%), aumentando o risco de infecções hospitalares. A cada nova lavagem, as fibras se desgastam, e o monitoramento de reutilizações pode ser complicado para o hospital.

 

Papel Crepado para esterilização


O papel crepado possui baixa resistência à tração, podendo furar ou rasgar com facilidade. O material possui efeito memória (pouco maleável), dificultando o manuseio e a abertura asséptica.

Não é compatível com Plasma de Peróxido de Hidrogênio.

 

Papel Grau Cirúrgico


O papel grau cirúrgico é uma ótima opção para embalar objetos menores. É regulamentado, tem baixo custo e possui disponibilidade em várias formas e tamanhos. É compatível com os métodos de esterilização: vapor sob pressão, óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio, autoclave de formaldeído e radiação ionizante.

Tecido SMS para esterilização


O SMS é um tecido-não-tecido 100% polipropileno. É considerado o material para esterilização mais completo, uma vez que possui alta barreira contra microrganismos, é compatível com todos os processos gasosos e a vapor e tem alta resistência contra rasgos e furos.

É maleável, repele líquidos e  permite a penetração do agente esterilizante.

O SMS também possui tempo de validade extenso, podendo a chegar até 6 meses dependendo das condições de armazenamento.

O material é composto por três camadas:
Spunbond: duas lâminas externas que garantem a resistência e durabilidade do material
Meltblown: uma lâmina interna que forma uma barreira efetiva contra bactérias e líquidos

 

Conclusão:


Sabe-se que nenhum hospital usa apenas um tipo de material para esterilização em sua CME. Levando em conta todos os benefícios e custos de cada um, encontra-se na melhor combinação para uso na central de material e esterilização os invólucros de Grau Cirúrgico (para embalar instrumentais cirúrgicos menores) e o SMS para Esterilização (para embalar volumes maiores).

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